O capitalismo informacional e a globalização
Vivenciamos hoje, mais uma revolução. Você se lembra das
anteriores? As chamadas revoluções industriais? Elas foram movidas a energia:
carvão, petróleo e eletricidade. Mas a revolução em curso é movida a conhecimento!
Por isso, dizemos que o capitalismo atual vivencia a revolução informacional.
Hoje, as indústrias estão próximas às universidades e centros de pesquisa (os
tecnopolos) e são ávidas por novos conhecimentos e tecnologias.
Por causa dos avanços tecnológicos novos espaços surgiram: os
espaços virtuais – capazes de interligar diferentes pontos do planeta quase
instantaneamente, fazendo circular ideias, conhecimentos, cultura.
As novas redes de comunicação, os aviões a jato, os cabos de
fibra óptica e a internet nos integram em uma aldeia global – acentuando o
processo de globalização, isto é, integração mundial.
O processo de globalização
É intrínseco ao desenvolvimento do capitalismo no mundo. Trata-se
de um processo de integração cultural e econômica em escala mundial
intensificado pelos avanços nos meios de comunicação e transporte ocorridos a
partir de 1970. Apresenta dois aspectos:
·
Padronização
cultural: os mesmos produtos (roupas, filmes, músicas, alimentos...) são
consumidos em vários países. Os hábitos se aproximaram.
·
Mundialização
da economia capitalista: relaciona-se com o domínio e expansão das
multinacionais e com a integração econômica entre países através dos blocos
econômicos.
Também, a globalização é caracterizada pela intensificação
dos fluxos de capitais, mercadorias, pessoas e informações pelo mundo. Seu
maior símbolo é a internet.
Ø Os fluxos de capitais: são os
investimentos estrangeiros que se materializam em instalações industriais,
redes de lojas, supermercados, estradas, hidrelétricas, trens... Tais investimentos
ocorrem em países que apresentam um conjunto de vantagens para os investidores,
tais como: mercado consumidor, mão-de-obra barata, situação política e
econômica estável.
Consequências:
- estimulam o crescimento econômico
(geram mais empregos e aumentam a arrecadação de impostos);
- aumentam o volume de divisas se a
produção estiver voltada para a exportação;
- tornam a concorrência interna mais
acirrada.
Ø Os fluxos de mercadorias: tem como
principal fator, a modernização dos transportes, especialmente o marítimo.
Hoje, um mesmo produto é encontrado em diferentes pontos do planeta.
Ø Os fluxos de informações e pessoas:
os avanços nos meios de comunicação e transporte diminuíram as distâncias,
tornando o mundo “menor”. As informações circulam em tempo real, o mundo está
mais conectado, daí o termo “aldeia global”.
PORÉM... A GLOBALIZAÇÃO PARA MUITOS PAÍSES É PRATICAMENTE UMA FÁBULA... NÃO É UM PROCESSO UNIVERSAL!
A globalização não é universal. Até esse momento, existem
limitações à ampliação desse processo, pois há países subdesenvolvidos que:
- são essencialmente agrícolas;
- os setores modernos da economia são voltados à exportação;
- indústrias são quase inexistentes;
- são altas as taxas de desemprego;
- grande parte da população não consegue suprir suas
necessidades básicas;
- São baixos os investimentos em educação e pesquisa científica.
Expressões comuns ao período global:
Centro = países que apresentam progresso técnico/ Investem em
pesquisas científicas e comandam a economia mundial.
Periferia = países que estão à margem do progresso técnico e
cumprem ainda o papel de fornecedores de matérias-primas e gêneros agrícolas.